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Mensagem de Boas Vindas

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O estranho caso do colchão de praia

por Henrique Antunes Ferreira, em 17.05.16

 

Trazia um cavalete de pintor conveniente e cuidadosamente dobrado debaixo de um braço cuja mão segurava um

Artist-Easle-Cover.jpg

 

banco de lona e pernas metálicas igualmente fechado e na outra mão uma tela enrolada e segura por elásticos que a agarravam. Na mochila, pelo volume que faziam era de certeza uma caixa de tintas e duas ou três paletas bem como espátulas de diversos tamanhos e uma parafernália de lápis de muitos números de grafite preta e outros de cores, canetas de ponta de feltro diversas, esferográficas, apara-lápis, por certo algumas borrachas e claro que também um canivete do exército suíço.

 

Eu estava a picnicar com a Clarissa – a minha namorada – tínhamos estendido no chão uma toalha onde carreiros de formigas tentavam comer umas sandes de presunto com manteiga, uns pastéis de Belém, mais um tigela de salada com muito pepino e pimentos grelhados (há que dizer que os perfeitamente nus fazem-me mal ao fígado). Obviamente duas garrafas de rosé, gelo e uns refrigerantes e umas garrafas de Pedras para rebater.

 

Resultado de imagem para colchões de praia no campoDe estranho só se vislumbrava um colchão de praia azul escuro em que a minha querida estava sentada cruzando as pernas mais apetitosas do que as sandochas. Para quê um artefacto próprio para um homem se aventurar nas salsas ondas sem saber nadar naquele local campestre? Pergunta justificada pois a Clarissa e eu estávamos sentados e descontraídos no colchão debaixo dum pinheiro bravo cujas agulhas picavam como acontece habitualmente com as agulhas de… coser. Daí que o colchão servia a dada altura do repasto não para dormir a sesta – ainda que modelo casal – mas para praticar ginástica apetencialmente procriadora ao ar livre.

 

O homem era mesmo um pintor, armou o cavalete botou-lhe a tela, desenroscou o banco, sentou-se de paleta na mão direita, então o tipo era canhoto, pois fazia tudo (que se visse) com a mão esquerda. E começou a desenhar a carvão um esboço de um casal em vias de facto. Muito devagar. Presumi que estava à espera que lhe surgisse um qualquer modelo, no caso dois porque o estado de criação não avançava ou se avançasse seria a passo de caracol. 

 

Não me contive, cheguei-me a ele, boa tarde, ó senhor pintor vai ter esperar muito porque nós viemos picnicar e somos como são os alentejanos que no fim dum dia de trabalho tiram as mãos dos bolsos… Então para que é o colchão? É só para fazer publicidade aos colchões de praia Hámar . Mas não tem nada escrito… Pois não é uma campanha para cegos.

 

O pintor desfez o que tinha feito e zarpou se sequer se despedir. E a Clarissa e eu deixámos as formigas no campo de batalha e fomos  fazer o programado ou seja batalhar no colchão. De praia – no campo

 

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15 comentários

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De Cidália Ferreira a 17.05.2016 às 23:14

Existem coisas fantásticas!
Propaganda para cegos? Maravilhoso. Gostei de ler

Beijinhos
Boa noite

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
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De Henrique Antunes Ferreira a 19.05.2016 às 01:04

Cidáliamiga

Publicidade para cegos? Por vezes ela é tão má que é melhor nem a ver...

Já entrei no teu cantinho..

Qjs do Leãozão
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De Pedro Coimbra a 18.05.2016 às 05:22

FerreirAmigo,
Uma batalha campal, em colchão de praia, com direito a caricaturista??
Ou seria voyeur??
Sempre me saíste cá um malandreco... :))
Aquele abraço, para ti, beijinhos para a Raquel
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De Henrique Antunes Ferreira a 19.05.2016 às 01:10

Coimbramigo

Não sejas assim; o rio da alternativa que apresentas é do tipo "ou pior ou... pior"...

Desde há muito que sou malandreco... Só agora é descobriste? Flta de pontaria ou de olhometria?

Qjs & bjs para as tuas mininas e abç para tu

Leãozão (para o ano éké...)
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De Teresa Hoffbauer a 18.05.2016 às 06:02

Ao ler "O estranho caso do colchão de praia" pensei que se tratava de um conto policial, afinal a Clarissa e tu só queriam picnicar e o dito pintor queria entrar no jogo.

Abração da amiga de longe.
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De Henrique Antunes Ferreira a 19.05.2016 às 01:16

TeresaFreund

Polizei, da dies nicht; mehr schelmischen ja ... :-))))

Na verdade o pintor nem entrou no jogo, pois viu o cartão vermelho... :-)))))

Eine kleine Küsen

Leãozão
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De Teresa Hoffbauer a 19.05.2016 às 17:28

Ménage à trois era uma fantástica alternativa.
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De Henrique Antunes Ferreira a 19.05.2016 às 19:01

TeresaFreund

Poizera mas o casal não estava virado para isso. Es wird für die nächste Zeit sein - oder das nächste Text

Durch die Art und Weise lassen Sie mich Ihnen sagen, dass Ich liebe dich zu sehen, hier in der Nähe

Kleine Küsen

Leãozão

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De majo a 18.05.2016 às 14:06

~~~
Então, batalhadores...
Duas garrafas de rosé dá para muitas batalhas.(Ou não.)
A tal Clarissa conseguiu uma instrução bélica completa e com distinção...

Tiveram sorte com o pintor simpático e educado. Contam-se histórias
de casos em os guerreiros ficaram desprovidos de coberturas e outras, mesmo, macabras...

Esta Prima/vera dá-te para recordares tempos de recruta, podia ser pior.

Dias calorosos e felizes, na companhia da tua «mais que tudo».

~~~ Beijinhos para ambos. ~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
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De Henrique Antunes Ferreira a 19.05.2016 às 01:20

Madrinhamiga

Poizé; as estórias são como os melões: depois de aberta é que se vê como foram elaboradas... :-))))

Para utilizar a tua expressão e dar-lhe a volta, as manobras de Primavera ainda nem começaram; mas se tratas da prima Vera então a coisa tem que se lhe diga...

Bjs & qjs do casal Ferreira, incluindo o afilhado Leãozão
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De carol a 18.05.2016 às 23:11

Não sei quem seria mais maroto, se o pintor, se o narrador/ dono do colchão....

E como terá corrido a batalha no colchão?! Eh eh eh eh....

Beijinhos aqui da leoazinha...
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De Henrique Antunes Ferreira a 19.05.2016 às 01:24

Carolsampaiamiga

Prenso que terá decorrido bastante bem; pelo menos nenhum dos participantes se queixou... :-)))))))

Bjs & qjs do casal Ferreira incluindo natural e obviamente o Leãozão. Para o ano éke se vai ver. Para já o Jorginho fica...
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De João Raposo a 22.05.2016 às 23:25

E para que se saiba, os alentejanos, mesmo para uma rapidinha, levam o seu tempo.
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De Henrique Antunes Ferreira a 23.05.2016 às 22:01

Raposamigo

Os Alentejanos, compadri são uns gajos porrêros - e eu também.

Abç do Leãozão

... E NÃO TE ESQUEÇAS DO MEU PEDIDO: PASSA A COMENTAR NA "NOSSA TRAVESSA". Não pagas IVA a 12%

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De Maria Beatriz Santos a 15.10.2016 às 14:14

Olá, Henrique
E era uma vez um pintor, que começou uma tela sem avisar os modelos e ficou sem quadro!
Gostei de mais esta aventura.
Um abraço
Beatriz

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